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Bem... para quem não fala muito da sua vida... é estranho estar a fazer um blog... mas não!!! Este blog é mesmo para os meus amigos, para que o nosso contacto constante nunca se perca nas adversidades da vida. É para vocês... que me têm acompanhado... aqueles que têm ficado "menos lembrados" nunca foram esquecidos. Estou sempre aqui... ou ali... o que interessa é que "ainda" estou. Até sempre!!! e logicamente divulgar a minha profissão

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Olhos com cores diferentes. Heterocromia

Castanho, preto, azul, verde ou mel. Que os olhos podem ter vários tons, todo mundo sabe. Mas em alguns casos, é possível que a mesma pessoa tenha olhos com cores diferentes, uma característica ocular chamada de heterocromia. “O indivíduo pode apresentar duas cores diferentes em cada olho, a heterocromia completa, ou duas cores no mesmo olho, sendo que essa pode ser setorial ou central”, explica a oftalmologista Priscila Kuss, do Hospital de Olhos de São Paulo.
Essa é uma característica hereditária, comum em animais, como gatos, cachorros e cavalos. Os casos são bem mais raros em humanos, mas geralmente aparecem no nascimento ou dias após o parto e não apresentam complicações ou perda de visão.

De acordo com Priscila, apesar a heterocromia ser benéfica na maioria das vezes, pode vir associada a alguma doença, como a Síndrome de Waardenburg, em que ocorre a perda de audição e mudanças na coloração do cabelos, olhos e pele. Por isso, o ideal é procurar um médico assim que notar qualquer aspecto incomum. “Algumas condições ou síndromes associadas a heterocromia são detectadas apenas durante uma avaliação oftalmológica”, disse.

Outros fatores podem influenciar para que os olhos tenham cores diferentes. Durante a vida adulta, a heterocromia pode surgir para indicar possíveis problemas, como lesões, batidas, doenças que causam a perda de melanina e de pigmentação da íris. “Existem outras causas como inflamações, glaucoma, o uso de algumas medicações, trauma e até mesmo corpo estranho intraocular, que podem levar às mudanças na cor de um olho”.

Fonte: Terra

Olhos Secos



A Síndrome dos Olhos Secos é uma doença multifatorial crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade ou má qualidade da lágrima. A incidência ocorre geralmente nos dois olhos ao mesmo tempo e pode manifestar-se em qualquer época do ano, sendo mais ocorrente no outono e inverno devido à baixa umidade do ar.

Os sintomas são ardência, coceira, queimação, olhos vermelhos e irritados, sensação de areia nos olhos, visão borrada que melhora com o piscar, fotofobia, lacrimejamento excessivo, desconforto depois de ver televisão, ler ou usar o computador.

Essa doença atinge, em sua maioria, pessoas acima de quarenta anos acometendo mais mulheres que homens de qualquer raça. Segundo a Associação Americana de Optometria, cerca de quase sessenta milhões de pessoas nos Estados Unidos são afetadas atualmente.

No Brasil o número de indivíduos afetados já e alarmante embora não existam estatísticas oficiais para a doença.

Pesquisas recentes indicaram que a Síndrome dos Olhos Secos está relacionada com a queda de ômega-3 e a alta de ômega-6 no organismo. Um estudo realizado pela Escola de Medicina de Harvard no Centro de Enfermagem de Estudos da Saúde envolvendo 32 mil mulheres avaliou o efeito de reposições de ômega-3 e a chance das voluntárias contraírem a doença.

Aquelas que ingeriram 90 ml de ômega-3 quatro vezes por semana apresentaram 18% menos chances de ter a Síndrome. Já o grupo que ingeriu entre cinco e seis porções semanais reduziu o risco em 66 %.

A doença está relacionada à exposição a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), trauma (queimaduras químicas), alguns medicamentos, idade avançada, uso de lentes de contato, menopausa nas mulheres e doenças do sistema imunológico (síndrome de Sjögren, Stevens-Johnson e outras).

Quando não diagnosticada e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular e, em alguns casos, acarretar a perda da visão.

A doença ocorre quando uma camada sobre a superfície do olho chamada filme lacrimal perde parte de sua proteção causando inflamação nas glândulas lacrimais. Uma camada oleosa neste filme funciona como um envoltório de plástico biológico que é a proteção da camada úmida que vem abaixo.

Mas quando uma pessoa ingere pouco ômega-3 e muito ômega-6, a camada oleosa não pode fazer o seu trabalho, o que resulta na inflamação e nos sintomas de olho seco. O consumo excessivo de ômega-6 também pode produzir inflamação em outras áreas do corpo que aumentam o risco de acidente vascular cerebral (avc), doença cardíaca e demência.

Ácidos graxos ômega-3 e ômega-6

Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são considerados essenciais pelo fato de não serem produzidos pelo organismo humano. Logo se faz necessário seu consumo que deve ser bem dosado para manter o equilíbrio e manter a saúde. O ideal é consumir mais ômega-6 do que ômega-3 em uma proporção de quatro por um, pois como competem por mesmas enzimas no metabolismo, deve se atentar para as proporções.

Para os vegetarianos, boas fontes de ômega-3 são as nozes, chia, linhaça, algas. Já o ômega-6 pode ser encontrado em vários alimentos de origem vegetal como linhaça dourada, óleo de milho, óleo de soja, óleo de girassol, açafrão e nozes.

Aos adeptos da dieta onívora, os alimentos de origem animal como os peixes de origem marinha, como a sardinha e o salmão, geralmente apresentam quantidades maiores deste nutriente do que os peixes oriundos de águas continentais. O ômega-6 pode ser encontrado em alimentos como leite, ovos, carne animal e lula.

Retinopatia da prematuridade

As crianças prematuras devem receber atenção especial do oftalmopediatra no diagnóstico precoce de estrabismo, descolamento de retina, altas miopias, hipermetropias e astigmatismo , condições muito comuns em prematuros.
Mas a retinopatia da prematuridade é uma das doenças mais comuns que acomete os prematuros, que nascem com peso inferior a 1.500 gramas ou antes de 32 semanas de gestação. Nessas crianças, os vasos sanguíneos da retina são muito imaturos e começam a se desenvolver de maneira anormal, causando hemorragias que levam à cegueira. O primeiro exame para diagnosticar a doença deve ser feito até quatro semanas após o nascimento.
A única maneira de determinar se a criança prematura está desenvolvendo a retinopatia da prematuridade é através do exame da retina através de um exame chamado de oftalmoscopia indireta.
Este exame não apresenta riscos para o prematuro. Não há tratamento clínico da doença. E os que não precisam de tratamento deverão ser acompanhados periodicamente pelo medico até que a retina apresente amadurecimento normal dos vasos sanguíneos.
Entretanto, quando a retinopatia da prematuridade não regride espontaneamente, os vasos continuam crescendo e a retina termina por se descolar. Nestes casos, são necessários tratamentos que empregam o laser, e em casos extremos, até mesmo cirurgias, que podem não resolver plenamente a situação. A criança pode não ficar completamente cega, mas com uma baixa visual muito grave, necessitando de auxílios ópticos para enxergar.
O estudo dinamarquês analisou dados de 178 crianças pré-escolares que nasceram extremamente prematuras (com menos de 28 semanas de gravidez), entre 2004 e 2006, e de um grupo controle de 56 crianças que nasceram no tempo gestacional apropriado (cerca de 40 semanas).

Os pesquisadores descobriram que os déficits de desenvolvimento global e de deficiência intelectual, que são sinais de dano cerebral, juntamente com uma anormalidade em uma área da retina responsável pela visão nítida , a retinopatia da prematuridade, foram mais comuns entre crianças extremamente prematuras do que no grupo controle.
De acordo com os autores desse estudo a deficiência visual em crianças que nasceram extremamente prematuras está associada às lesões cerebrais na retinopatia da prematuridade

Fonte: Arch Ophthalmol