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Bem... para quem não fala muito da sua vida... é estranho estar a fazer um blog... mas não!!! Este blog é mesmo para os meus amigos, para que o nosso contacto constante nunca se perca nas adversidades da vida. É para vocês... que me têm acompanhado... aqueles que têm ficado "menos lembrados" nunca foram esquecidos. Estou sempre aqui... ou ali... o que interessa é que "ainda" estou. Até sempre!!! e logicamente divulgar a minha profissão

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O primeiro GPS para cegos

O GPS é uma aplicação Android criada pela Universitat Autònoma de Barcelona e adaptada a todo tipo de pessoas, especialmente orientada aos cegos, guia ao usuário para mover-se pela cidade no transporte público.

Uma equipe de pesquisadores da Escola de Engenharia da Universitat Autònoma de Barcelona desenvolveu uma aplicação de navegação baseada em GPS para celulares com sistema Android, que facilita os deslocamentos pela cidade. A aplicação é útil para todo tipo de pessoas, incluindo cegas, surdos, e pessoas com limitações de mobilidade ou cognitivas. Esta, guia passo a passo ao usuário para poder chegar a seu destino a pé ou em ônibus. Atualmente funciona em Barcelona, ​​Madri e Roma, e proximamente em Helsinki, Valencia e Zaragoza.

Uma nova aplicação descarregável para telefones com sistema Android, telefonema OnTheBus, facilita a orientação e os deslocamentos dentro das grandes cidades. A aplicação está baseada nos princípios do desenho universal e é, por tanto, de utilidade para qualquer usuário que se queira deslocar com facilidade, e especialmente para as pessoas com algum tipo de incapacidade visual, auditiva ou cognitiva.

A aplicação, já disponível em Google Play, oferece um conjunto de rotas ótimas para chegar ao destino. Uma vez escolhida uma das rotas, guia ao usuário desde o lugar onde se encontra até a paragem de ônibus mais próxima, e lhe informa do tempo que fica até que chegue seu ônibus. Dentro do veículo, a aplicação informa das paragens e avisa do momento em que se tem de pulsar o timbre para baixar do ônibus, e guia ao usuário até o lugar de destino. O sistema utiliza as tecnologias mais recentes para dispositivos móveis, o GPS, a bússola, o acelerómetro, o reconhecimento e geração de voz e a conexão 3G ou WiFi.

Os pesquisadores já trabalham para melhorar a aplicação com a inclusão de outros meios de transporte público e de serviços básicos como solicitação de táxis, localização de farmácias e centros de assistência, a utilização de realidade aumentada para localizar semáforos e paragens de transporte público, e a integração com redes sociais.

A aplicação foi desenvolvida pelo Grupo de Aplicações Biomédicas e Tecnologias para a Autonomia Pessoal da UAB que co-dirige o Dr. Jordi Roig de Zárate do Departamento de Microeletrônica e Sistemas Eletrônicos.

Fonte: Universitat Autònoma de Barcelona

Cegos têm uma audição mais aguçada. Mito ou realidade?

A afirmação de que cegos têm a audição mais aguçada que pessoas que têm a visão normal é muito comum. Até Hollywood já tomou proveito da crença, transformando em filme a HQ “Demolidor”, em que o protagonista é um super-herói cego com os outros sentidos mais acentuados. Mesmo assim, um estudo recente mostra que isso é mais realidade que fantasia.

Cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, testaram pessoas cegas e com a visão normal para analisar a sua habilidade para localizar sons. Seguindo a lógica da crença, os cegos tiveram maiores pontuações nos testes, mas os cientistas perceberam que a idade em que a pessoa ficou cega afetou sua performance na experiência.

Aquelas que nasceram cegas tiveram a melhor performance, e aqueles que ficaram cegos quando eram crianças ficaram só um pouco para trás. As pessoas que perderam a visão depois dos dez anos tiveram uma colocação semelhante à das pessoas com a visão normal.

Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque o cérebro de uma criança pode se reestruturar para que as áreas do cérebro usadas para o processamento visual sejam usadas para outros propósitos.

Uma evidência disso são imagens dos cérebros das pessoas cegas que tiveram a melhor habilidade para localizar os sons. De acordo com os cientistas, o cérebro dessas pessoas trabalha com as áreas visuais e auditivas do córtex. Os cegos que tiveram menores pontuações tinham pouca ou nenhuma atividade no lóbulo visual, assim como as pessoas com a visão normal.

Fonte: NY Times

Seminário de Baixa visão

Aconteceu a exatos um mês atraz o seminario de baixa visão.

Contou com a participação de representantes de organizações públicas e privadas, profissionais de reabilitação, médicos, educadores, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, professores de orientação e mobilidade, fonoaudiólogos, auxiliares e técnicos de oftalmologia( acredito que aqui sejam os bachareis em optometria), e pessoas com deficiência visual, além de autoridades ligadas ao tema.

O Seminário foi dividido em quatro módulos: Ações para promoção da saúde ocular; Atenção à pessoa com deficiência visual; Qualidade de vida; e Legislação e Inclusão no trabalho. Entre os palestrantes, a professora Vera Lúcia Ferreira Mendes, a médica Heloisa Di Nubila, assim como o oftalmologista Marcos Wilson Sampaio.

O oftalmologista mostrou dados estatísticos sobre deficiência visual e revelou que, entre as principais doenças que causam a deficiência visual, estão a catarata, o glaucoma e a DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade). Ele concluiu também que há aumento de casos de pessoas com baixa visão no mundo. Por outro lado, argumentou que o país possui recursos para tratar os casos. “Não temos falta de médicos ou de outros profissionais da área(Optometristas), felizmente nós contamos com recursos tecnológicos. Precisamos fazer com que isso volte em beneficio da população, por meio de políticas públicas”.

A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella destacou pontos importantes presentes no Relatório Mundial sobre a Deficiência e expôs dados relativos à deficiência visual. “O Relatório Mundial revela 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo, dessas 314 milhões apresentam algum problema na visão e 45 milhões são cegas”. Ela ressaltou também que o Relatório aborda três aspectos: a incapacidade, deficiência e funcionalidade, que devem ser tratados de forma sinérgica”.

A Secretária também informou dados sobre o Brasil, segundo o Censo 2010, do IBGE. “No Brasil, são em ordem de 35 milhões de pessoas com deficiência visual, o que inclui pessoas cegas, com baixa visão ou com dificuldades de enxergar. Precisamos dar a todos a mesma possibilidade de acesso e tratamento”. Ela destacou também o crescente número de pessoas cegas utilizando-se de recursos tecnológicos e digitais para interação na sociedade, como a internet.

Dra. Linamara também ressaltou as dificuldades de locomoção enfrentadas por pessoas com deficiência visual. Argumentou sobre as adaptações dos transportes e do processo de mobilização e conscientização da sociedade. “O design dos veículos, e estamos falando de transporte coletivo, em geral não é adequado. Tudo isso é fruto de uma situação, que, embora não seja nova, é nova no tratamento dentro da política pública e da visão da sociedade. A maioria do sistema de transporte em massa trata a acessibilidade de forma parcial. Precisamos mudar isso”, afirmou. A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência defende o direito humano e universal de todas as pessoas terem acesso a todos os bens, produtos e serviços existentes na sociedade, inclusive as pessoas com deficiência. Fonte: pessoacomdeficiencia.com.br.

Só foi esquecido de dizer ai que o Brasil não esta participando da maior campanha visual do planeta por politicagemde outros profissionais da área , por falta de um profissional em cuidados primarios da visão que são os optometristas, segundo a OMS.