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terça-feira, 5 de abril de 2011

Confira sete problemas nos olhos que podem ter diagnósticos precoces

Eles nos apresentam as cores, as formas, as paisagens, as pessoas. Apesar de serem tão importantes, os olhos costumam ser deixados de lado quando o assunto é saúde. É mais do que comum as pessoas procurarem um optometrista ou um oftalmologista apenas ao perceberem que não estão enxergando tão bem de longe ou de perto, quando o ideal é que isso ocorra periodicamente. Só assim há a possibilidade de diagnósticos precoces, evitando que possíveis problemas se agravem e evoluam até mesmo para a cegueira.

O primeiro exame deve ser realizado logo que a criança nasce e pelo próprio pediatra. É o exame do reflexo vermelho, que pode detectar, por exemplo, tumores, catarata congênita (opacificação do cristalino), glaucoma congênito (aumento da pressão nos olhos), leucocoria (reflexo pupilar branco) e infecções, como a toxoplasmose, que a mãe contaminada pode passar ao filho e causar uma cicatriz no fundo do seu olho.

No caso dos adultos, às ametropias (miopia, hipermetropia e astigmatismo), catarata, glaucoma, retinopatia diabética e hipertensiva (alterações no fundo do olho relacionadas a diabetes e a hipertensão arterial) doenças degenerativas, entre outras.

Como prevenir é sempre a melhor alternativa, vai aqui algumas dicas para colaborar com os olhos. Uma delas é evitar coçá-los, porque o ato possibilita o surgimento de lesões na córnea e retina, levando à cegueira em casos mais graves. Sempre que receitado, use óculos ou lentes, caso contrário os resultados são dores de cabeça, olhos cansados e secos. Mantenha também uma dieta balanceada e invista em alimentos com ômega-3, zinco, selênio e vitaminas A e E. Portanto, inclua no cardápio carnes vermelhas, peixes, verduras escuras (como couve e espinafre), cenoura e frutas.

Problemas:

Ametropia:

Erro de refração ocular, como miopia (não enxerga claramente de longe), hipermetropia (não enxerga claramente de perto) e astigmatismo (visão distorcida de longe e de perto). Os problemas de visão podem ser corrigidos com o uso de óculos, lentes e cirurgias a laser.

Catarata:

É a opacificação do cristalino, que geralmente acontece após os 60 anos, mas algumas crianças podem já nascer com o problema. Todas as pessoas terão catarata algum dia, umas mais cedo e outras mais tarde. É um desgaste natural. O tratamento é cirúrgico e consiste em remover a catarata e implantar uma lente intraocular.

Estrabismo:

A criança pode nascer estrábica (vesga, como é chamada popularmente) e, em alguns casos, isso tem relação com alguma doença ocular, como tumor e glaucoma congênito. Há também a chance de aparecer após os seis meses de vida. Se notar qualquer sinal de desvio dos olhos dos filhos, procure um optometrista, ortoptico ou um oftalmo. O tratamento consiste em usar tampão e óculos. Lembrando que cada caso é um caso particular e recomenda-se seguir a risca o tratamento que o proficional da area pedir.

Glaucoma:

É o aumento da pressão nos olhos, que, se não for tratado, pode levar à perda gradual e irreversível da visão. Os fatores de risco para desenvolver a doença são hipertensão, idade acima de 40 anos, diabetes, histórico familiar, raça negra, longo tratamento com esteroides e/ou altos graus de miopia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Há a possibilidade de bebês nascerem com a doença. O tratamento consiste no uso de colírios. Ainda há como alternativas o laser e a realização de cirurgias.

Leucocoria (reflexo pupilar branco):

O exame do reflexo vermelho possibilita a identificação do problema, que é o reflexo branco da pupila. Em crianças maiores, há a possibilidade de perceber o reflexo branco em fotos comuns. Pode ser sinal de tumor ou de retinopatia da prematuridade (alteração no crescimento da retina), por exemplo. O tratamento depende da avaliação do oftalmologista e pode ser clínico, com laser ou cirurgia. Se não tratar precocemente, há chances de levar à cegueira.

Olho saltado (exoftalmia e proptose):

Há alguns motivos que podem fazer com que o olho se projete para fora. Entre eles estão doenças da tireóide e tumores. Se notar qualquer assimetria no tamanho e distância dos olhos, procure um médico. O tratamento consiste em solucionar os problemas que causaram os olhos saltados. Em alguns casos, há a necessidade de cirurgia para corrigir também as suas posições.

Olho seco:

Pode estar associado a ametropias ou ao olho saltado, por exemplo, e consiste no ressecamento dos olhos, levando à vermelhidão e irritação crônica. O tratamento é baseado, geralmente, no uso de lubrificantes oculares. Se não seguir as recomendações médicas, a pessoa pode desenvolver conjuntivite (inflamação na conjuntiva) e ceratite (inflamação da córnea).


Fonte: Terra – ABC da Saúde

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